sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Depois que ela chegou

Depois que ela chegou no pedaço toda a prosa virou poesia e poesia ficou. Ela caminha por entre meus passos, com sorrisos e muito colorido e cigarros mentolados. Gosto de passear pelas ruas e segurar sua mão, apontar os marcos históricos da cidade, tropeçar nos pontos geográficos, beijar sua boca sob diversas marquises anônimas.

Coloquei um anel de compromisso e fiz juras de longa duração, eterna duração e vastos sentimentos. Disse a quem estivesse disposto a me ouvir - inclusive a ela - que dali em diante seria eterno e para sempre nós dois, onde quer que fosse, para onde seja que caminhássemos. Selei aquele desafio ao mundo com um beijo e uma valsa. De dentro do sorriso dela desceram lágrimas e cafunés.

Antes disso o sol já nascia mas não tinha aquele apelo quando eu abria os olhos pra mais vida que segue. Faltava exatamente ela. Faltava essa vontade de mergulhar nas horas em busca de um instante que justificasse todo o resto, toda a aporrinhação, todos os favores, todos os mal entendidos, todas as mentiras. Faltava verdade, faltava amor.

Não falta mais amor desde que ela chegou.

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