Sabe, amor, acordei com saudades hoje. Acordei tarde, de ressaca, meio confuso. Tinha uma pá de coisas pra resolver e o dia amanheceu quente, limpo, cheio de sol em pleno inverno. Tem gente que gosta disso: sol, calor, gente nas ruas. Eu não sou uma dessas gentes, mas disso você sabe.
Eu não ando gostando de muita coisa ultimamente, nem de mim mesmo, ou especialmente de mim mesmo. Acho que é só uma fase.
Eu ainda sou capaz de sorrir e falar bobagem, acreditar que todas aquelas pessoas que dividem a cerveja no bar comigo realmente prestam atenção nas coisas que digo, mesmo que sejam bobagens, porque falo muita bobagem, as coisas que me importam eu raramente divido com o mundo, e talvez por isso eu goste tanto de falar sozinho.
Então eu estava na rua e não gostando muito de mim mesmo e tive vontade de pegar na sua mão e te olhar bem de perto. Olhar o seu nariz, eu gosto dele, do modo como ele só poderia existir com graça no seu rosto. Todas aquelas pessoas, todo aquele dia de domingo em pleno sábado, e nenhum deles tinha a sua mão a meu alcance. E que narizes melancólicos estampavam sob o sol.
Você sabe como sou complicado e egoísta. Mesmo assim você aceitou minha companhia. E nunca se furtou a me oferecer seu colo, sua boca, suas mãos. Me peguei pensando que nunca mais iremos dormir juntos, acordar juntos, amar juntos.
Que merda.
Tem horas que me ocorre acreditar que nunca mais vou trepar tão bem quanto acontecia conosco porque nenhuma outra mulher vai gostar tanto de mim, do meu corpo. Eu sei que é exagero. Em algum momento, nós dois iremos nos superar. Mas seria uma boa verdade, um castigo justo, que de você em diante todas as demais fodas parecessem pálidas, incompletas, inodoras.
Essas coisas todas me abraçaram no meio da rua e segui caminhando, como se em algum momento eu pudesse me perder na cidade, no bairro onde moro e fugir de mim.
Ah, amor, sei que exagero, sempre exagero. A gente não andava feliz e muito menos satisfeitos nas pequenas infelicidades em que haviam se transformado aquele nosso grande amor. E que preferimos resguardar as coisas boas que ainda perduram de nós, o carinho, os sorrisos possíveis, as palavras que só somos capazes de enunciar um ao outro quando o mundo não é íntimo o suficiente.
Não existe vida que seja plena sem um pouco de tristeza, mesmo que ninguém seja mais triste, gordo, feio, manco ou infeliz desde a internet banda larga.
Só queria que você soubesse que vou passar a vida com saudades de você.
Que merda.
Tem horas que me ocorre acreditar que nunca mais vou trepar tão bem quanto acontecia conosco porque nenhuma outra mulher vai gostar tanto de mim, do meu corpo. Eu sei que é exagero. Em algum momento, nós dois iremos nos superar. Mas seria uma boa verdade, um castigo justo, que de você em diante todas as demais fodas parecessem pálidas, incompletas, inodoras.
Essas coisas todas me abraçaram no meio da rua e segui caminhando, como se em algum momento eu pudesse me perder na cidade, no bairro onde moro e fugir de mim.
Ah, amor, sei que exagero, sempre exagero. A gente não andava feliz e muito menos satisfeitos nas pequenas infelicidades em que haviam se transformado aquele nosso grande amor. E que preferimos resguardar as coisas boas que ainda perduram de nós, o carinho, os sorrisos possíveis, as palavras que só somos capazes de enunciar um ao outro quando o mundo não é íntimo o suficiente.
Não existe vida que seja plena sem um pouco de tristeza, mesmo que ninguém seja mais triste, gordo, feio, manco ou infeliz desde a internet banda larga.
Só queria que você soubesse que vou passar a vida com saudades de você.
2 comentários:
pota que o pareo.
acho que estou viciada nos seus escritos.
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