quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Demais

Ela gostava de se pôr de joelhos na cama, a bunda arqueada pra cima pra eu entrar fundo nela e segurar firme as ancas quando eu gozasse. Meu pau entrava grosso no meio dela e engrossava ainda mais quando eu já não tinha como segurar. Eu apertava as ancas, ela me apertava a peia, eu jorrava e era assim. Uma ou duas vezes por mês ela aparecia e arqueava a bunda pra eu entrar.

Ela gostava de entrar e perguntar como eu estava passando, as novidades, se eu tinha viajado. Ela sempre viajava, a trabalho ou por querer. Tinha um namorado ou dois, mas gostava de dizer que meu pau era mais duro, mais grosso, alcançava mais fundo, jorrava mais porra. Devia dizer o mesmo pros outros, nenhum de nós iria esquentar porque ela era linda demais. Ela também gostava de dizer que eu frequentava os lugares errados. "Você deveria sentar num boteco limpo, não esses chiqueiros da Lima, ir na Venâncio e fisgar uma coroa. Diz que é escritor e improvisa um poeminha no guardanapo". Eu deveria mesmo tentar qualquer dia desses.

Seu beijo era calmo, o que é difícil de se encontrar nessa cidade, um beijo que baste em si próprio. Era um beijo seguro, que criava laços, que me dizia pra ter calma e fechar os olhos. Seu beijo acionava toda a minha maquinaria corporal. Ela gostava disso e então se punha me chupar e lamber, chupava e lambia tão bem quanto beijava, era uma artista, tinha o dom de ser mulher de verdade.

Ela gostava de ouvir, podia passar uma hora inteira me deixando falar e falar enquanto se aninhava em mim ou acendia um cigarro que me tomava da carteira. Ela gostava de deixar eu massagear seus pés e pedia pra eu apertar bem forte os calos e joanetes, o peito do pé, os tornozelos. Aí dizia que queria voltar pra Bahia, pra todos os santos e acarajés, pras pessoas que sorriam bons dias e pros negros torneados daquela terra. Aquela Bahia, sim, era gostosa demais, ensolarada demais, bonita demais.

Eu gozava e saía devagar, sem pressa, ainda lhe dava mais uma meia dúzia de estocadas com o caralho se deixando murchar, se esvaindo em porra e suor, só pra ela me olhar pelo rabo dos olhos e aí eu mexia com os dedos a xota molhadinha, pra ela aproveitar o momento e o tesão. Quando o pau acusava o gozo, ela pressentia e pedia, ou gritava, ou sorria, ou gania. Ela sabia que estava fodendo a mim. E fodia demais.

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